segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Volta de Cristo

"...Vós bem sabeis que o dia do Senhor virá, como um ladrão de noite."
1 Tessalonicenses 5:2
Pensarmos na volta de Cristo é direcionarmos nossa esperança para um momento máximo na nossa existência! Quando a Bíblia fala do nosso encontro com o Senhor, expressa isto como um arrebatamento, isto é, um rapto instantâneo. Quando o mundo se der contas nós já estaremos distantes daqui.
Infelizmente, com o passar do tempo, muitos têm perdido o foco na vinda de Cristo, e isto traz sérios problemas para a vidã cristã diária. Demover da nossa mente a volta repentina do nosso Senhor, é entregar nossa vida às coisas deste mundo. Mas será que faz grande diferença no dia-a-dia da Igreja lembrar da iminente partida para a glória, ou não muda muito?
A forma como encaramos a volta de Cristo afeta toda a nossa vida, nossas atitudes e motivações! E a Igreja é exortada à ser vigilante quanto à este momento (1Ts. 5:5-11); também da expectativa deste momento depende grandes recompensas (2 Tm. 4:8); e a nossa santidade também resulta desta esperança (1 Jo. 3:3).
Porém, está realmente próxima a volta de Cristo? Pois passaram-se quase dois mil anos desde os apóstolos e o Senhor ainda não voltou. O que está impedindo este momento?
Primeiramente, precisamos lembrar que tempos e épocas, com seus eventos, estão sob a autoridade diivina, e não compete ao homem tentar "advinhar" ou predizer quando isto ou aquilo ocorrerá (At. 1:6-8). Estamos cientes de que muitas pessoas ao longo da história marcaram datas para o retorno de Cristo, mas todas elas foram frustradas, pois isto é impossível aos homens!
Além disto, as Escrituras apresentam um motivo específico para o entardecer do dia de Cristo: A longanimidade eletiva de Deus (2 Pd. 3:9). Nos versículos anteriores o apóstolo Pedro afirma que havia homens que já zombavam e questionavam a demora no cumprimento de certas profecias. No entanto, o apóstolo responde demonstrando que os homens deveriam estar contentes, pois se Cristo não voltou ainda, foi porque aqueles que o Senhor escolheu ainda não receberam a salvação.
Por fim, para a Igreja resta desejar ardentemente este dia, e provar isto através da proclamação do evangelho do reino, até que todos os eleitos sejam alcançados com a salvação, e subamos ao encontro de nosso Mestre, entre nuvens, para que desfrutemos eternamente da sua companhia (At. 1:7-8; 2 Pd. 3:12)!
Que estejamos prontos e ansiosos pelo nosso Senhor, e não nos deixemos que nenhuma coisa desta vida ofusque o brilho do glorioso dia em que a Igreja estará indo ao encontro do seu destino eterno!
"Da linda pátria estou mui longe, triste eu estou;
Eu tenho de Jesus saudade; quando será que vou?
Passarinhos, belas flores querem me encantar.
Oh, vão terrestres esplendores, não quero aqui ficar!
Jesus me deu fiel promessa, vem me buscar;
Meu coração está com pressa, eu quero ao céu voar.
Meus pecados são mui grandes, e culpado sou,
Mas o seu sangue põe-me limpo, e para a pátria vou.
Qual filho, de seu lar saudoso, eu quero ir;
Qual passarinho para o ninho, eu quero ao céu subir.
Sua vinda ao mundo é certa, quando, não o sei;
Mas ele me achará alerta, e para o céu irei."
Saudade - Hino 484 do Cantor Cristão


Não demova isto!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Chamados à Comunhão Parte I



“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor” 1 Coríntios 1:9

Deus nos chamou para vivermos em comunhão com Ele e com nossos irmãos! Este é um chamado muito belo, e nós vemos este espírito bem presente na Igreja Primitiva, onde algo que eles mais prezavam era a comunhão genuína e sincera, aquela que faz o nosso coração descansar na companhia de nosso Pai e de nossos irmãos.
Mas o que realmente seria comunhão? O que isto significa? E porque devemos viver em comunhão? Vamos considerar, brevemente, o significado da palavra mais comum no Novo Testamento para comunhão é “koinonia”, esta palavra expressa basicamente três sentidos básicos e correlacionados:
1)Partilhar, ou doar alguma coisa a alguém (2 Co 9:13); 2)Receber, uma partilha ou doação de Alguém (2 Co 8:23; Lc. 5:10; Hb. 10:33); 3)Compartilhar algo com alguém, isto é, dar e receber (At. 2:42; Gl.2:9; 1Jo 1:3ss).
Quando ela é aplicada a relacionamentos, geralmente se refere ao ato de compartilhar. Isto deve ser bem evidente em nossos relacionamentos, tanto com Deus, quanto com nossos irmãos.
Por exemplo, quando nos relacionamos com Deus, nos achegamos a Ele através de nossas orações, e Ele vem a nós através da sua palavra; Ele nos salva, nos abençoa, e nós devemos glorificá-lo, bendizermos o Seu nome; Ele nos oferece sua vontade que é boa, agradável e perfeita, e nós devemos oferecer-lhe o nosso culto racional, que deve ser: Vivo, Santo e Agradável a Deus (Rm. 12:1-2).
No nosso relacionamento com os nossos irmãos não deve ser diferente, deve haver um relacionamento recíproco e espontâneo entre todos nós.
E podemos pensar em três motivos para vivermos numa comunhão constante com nossos irmãos:
1º - Porque é essencial para se desfrutar da comunhão com Deus!
Os Filhos de Deus o representam na terra. A forma como tratamos os seus filhos é como se estivéssemos tratando a Deus. O nosso tratamento mútuo mostrará o quanto desejamos viver em comunhão com Ele. (Mt. 10:40-42; 25: 34-40; 1 Jo. 4:20;).
2º - É um dos propósitos de Deus para a sua Igreja!
Jesus afirma que um dos propósitos da sua morte foi unir em um só corpo os filhos de Deus que andam dispersos. (João 11:51-52); Além disto, Jesus Demonstrava um desejo muito forte que sua Igreja vivesse em plena unidade e comunhão ( João 17:20-23)
3º - A Bíblia nos exorta claramente!
Em todas as partes da Bíblia encontramos exortações à comunhão dos crentes. Em 1 Pedro 3:8 a comunhão é tratada como “igual ânimo”, “compadecidos”, “fraternalmente amigos”, “misericordiosos” e “humildes”. E não há dúvidas de que estes elementos são essenciais para que possa haver comunhão. Em Efésios 4:1-6 novamente aparecem alguns elementos importantes, e novamente aparece a “humildade”. Mas há um apelo muito forte aos efésios que preservem a unidade(v.3). Este versículo além de apelar a comunhão. Afirma que o “viver em unidade” é “viver de modo digno do evangelho de Cristo”.
Tenho certeza que todos nós já sabíamos disto muito bem. Mas sempre precisamos relembrar, e reavaliar a nossa vida diariamente através das Escrituras. Façamos isto, então, vamos avaliar como está a nossa comunhão com os nossos irmãos, como temos nos tratado uns aos outros, e acima de tudo como anda a nossa comunhão com o nosso Deus.